Educar e Criar

Seja Bem vindo, sua participação é muito importante !

Seguidores

20 de dezembro de 2011

Que neste período de transição, as energias do final de ano e do ano novo, possam aflorar a criança que cada um carrega dentro de si, permitindo-se sonhar, amar e acreditar  que somos responsáveis pelos nossos presentes.   O Papai Noel  que cada um traz na alma, será responsável pelos presentes que receberá durante a sua vida, portanto dê credibilidade aos mais puros sentimentos, e tenha certeza de que sempre merece o melhor! (imagem: nat_natal_img.jpg)
Irene    

15 de dezembro de 2011

Pensamentos de Jean Jacques Rousseau.




O primeiro raciocínio do homem é de natureza sensitiva...: os nossos primeiros mestres de filosofia são os nossos pés, as nossas mãos, os nossos olhos.


A criança é boa por natureza a sociedade é que a corrompe.

Geralmente aqueles que sabem pouco falam muito e aqueles que sabem muito falam pouco.


(Rousseau)


(imagem:200px-jean-jacques_rousseau)

5 de dezembro de 2011

O ato de pensar, como castigo na educação.

 i
                                                                        magem: (bb-castigo.jpg

            Começo meu artigo pensando num mundo melhor, onde o diálogo prevaleça, que as famílias tão ausentes na sociedade atual, não procurem a forma mais fácil de corrigir seus filhos, apoiadas no pensamento de vários especialistas que colocam esta prática como solução para problemas disciplinares.
             Meus vários anos de estudo  e reflexão, me dão hoje o direito de pensar num cantinho, sobre o que é mais saudável para o desenvolvimento bio-psio-social, o que não conseguiria fazer, sem os pré-requisitos que fui acumulando ao longo da minha existência e após várias pesquisas e estudos na área da Pedagogia , Psicologia e Psicopedagogia.
            Nos dias atuais, é comum ouvir-se de professores, que mandaram a criança pré-escolar para um cantinho pensar, quando estas fazem alguma coisa que desagrada. Este pensar, é reconhecido pelo aluno, como castigo, embora muitas vezes ele nem saiba falar direito, e nem das fraldas tenha saído.
            Como professora de Filosofia, tenho uma outra  abordagem sobre o ato de pensar, e não o associo a punição, uma  vez que a reflexão contribui para o aprendizado e também desenvolve o  espírito crítico, contribuindo para o desenvolvimento da inteligência e para o aprimoramento do conhecimento.
            Portanto, quando faço a criança pensar que será castigada, e que tem que pensar, estou demonstrando à ela, que pensar não é um ato que  possibilita buscar soluções para resolver problemas,  e sim  um castigo, porque toda vez que  não agrada, a colocam para pensar.
            Esta  forma  de punição é transferida da escola para casa, e vice-versa, as pessoas não sabem como resolver a indisciplina, que muitas vezes está relacionada com a falta de cumplicidade, de diálogo e de afeto dos envolvidos.
             A criança reconhece quando reprovamos seu ato, mas dependendo da idade, não tem maturidade para entender porque estou acuada para pensar, e fica desolada e desconfiada, o que afetará  seu estado emocional, e poderá trazer outras  consequências para o desenvolvimento social.
 Portanto, evitar  constrangimento é uma forma saudável  de educar, previsto no próprio Estatuto da Criança e do Adolescente  ( ECA -Lei 8069\90).
Art. 17. O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, idéias e crenças, dos espaços e objetos pessoais.
Art. 18. É dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor.
Art. 71. A criança e o adolescente têm direito à informação, cultura, lazer, esportes, diversões, espetáculos e produtos e serviços que respeitem sua condição de pessoa em desenvolvimento.

 A Lei 9394\96  de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), trata sobre as finalidades da Educação conforme segue:
Título II - Dos Princípios e Fins da Educação Nacional.
Art. 2. A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Art. 3. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância;

            Durante mais de trinta anos de magistério, dentro e fora da sala da aula, exercendo função de  professora e Gestora, pude observar quanto o diálogo é importante, sempre apoiado na tolerância.
            Para dialogar você precisa parar o que está fazendo, olhar para criança e vê-la, permitir que ela sinta que sua atenção está  nela e que existe afetividade, cumplicidade, respeito e  carinho.
Quando um educador manda uma criança pensar, provavelmente ele não quer dispor de tempo para a mesma, ou não sabe que orientação dar naquele momento.
Quem educa precisa ser inteligente, criativo e receptivo e nunca menosprezar ou subestimar a inteligência de uma criança, reconhecer que ela quer ouvir, argumentar e entender.
Educar é  um processo a longo prazo, portanto, não espere que sua criança entenda quando você  explica uma vez, duas, três... Tenha paciência, e pense que quando você estiver na velhice, ele terá com você a mesma paciência que você a ensinou a ter na infância.
Após a educação dialogada, pais e filhos,  não terão problemas de comunicação, vão aprendendo a se conhecer, a se respeitar e a trocar sonhos,frustrações e as experiências concedidas pela vida, onde cada um sabe qual é o seu papel e o seu limite.
E aos educadores que utilizam o cantinho em sala de aula, deixo a mesma orientação, paciência, amor, afetividade e acima de tudo, compromisso com o ser que está em formação na idade pré-escolar, para que ao chegar no ensino fundamental, ele tenha uma postura mais adequada.
Educar é um compromisso que começa no útero materno e se estende por toda a existência humana, portanto quem educa deverá aprender que é a persistência e o amor que  elevam as criaturas e possibilita a fala entre as almas.

                                   Irene Fonseca

           

4 de dezembro de 2011


O tempo que me resta!

O tempo que me resta,
Não apaga minha memória,
Não expulsa meus sentimentos,
Não mata meu devaneio.
O tempo que me resta,
Não consome minha persistência,
Não altera minha crença,
Não apaga minhas realizações.

O tempo que me resta,
É infinitamente satisfatório,
Porque apaga minhas tristezas,
Aquece minhas lembranças ,
Rompe todos os  meus medos.
E me faz compreender,
Que a morte não existe,
O momento é o presente,
O passado é uma escola,
O futuro me espera
Pra celebrar o tempo que me resta!
E ainda resta a esperança ,
Porque o  tempo  me  espera,
Pra recomeçar.

(imagem: tempo.jpg)
Irene Fonseca

28 de novembro de 2011


                                A cumplicidade do ato de Educar.
Educar não  é um ato isolado, é um ato social que envolve quem educa e quem aprende, estendendo-se ao aprendizado  contínuo, pois ninguém está livre dele, talvez o mais difícil de todos, admitir que nesta corrente, educação pra estar presente, tem que permitir que o outro te mostre onde está teus erros, tua intolerância e teu autoritarismo e tua apropriação inadequada da educação, por ela ser dialética na concepção.
Quem ensina pode através de quem aprende, perceber toda intransigência e toda falta habilidade para lidar com  gente, se não está aberto para trocar experiências, também não consegue alcançar o aprendiz, que sempre cobrará  de quem ensina a postura de dignidade, de transformação e  a dialética da concepção.
Portanto educar é abrir-se  e permitir que o outro te encontre, e juntos construírem sua história de vida.
 (imagem:dia-dos-pais.jpg)                                           
                                                                                         Irene Fonseca


26 de novembro de 2011

Homenagem ao Theodore Adorno.

Theodore AdornoO Poder da Indústria CulturalO poder magnético que sobre os homens exercem as ideologias, embora já se lhes tenham tornado decrépitas, explica-se, para lá da psicologia, pelo derrube objectivamente determinado da evidência lógica como tal. Chegou-se ao ponto em que a mentira soa como verdade, e a verdade como mentira. Cada expressão, cada notícia e cada pensamento estão preformados pelos centros da indústria cultural. O que não traz o vestígio familiar de tal preformação é, de antemão, indigno de crédito, e tanto mais quanto as instituições da opinião pública acompanham o que delas sai com mil dados factuais e com todas as provas de que a manipulação total pode dispor. A verdade que intenta opor-se não tem apenas o carácter de inverosímil, mas é, além disso, demasiado pobre para entrar em concorrência com o altamente concentrado aparelho da difusão. 

Theodore Adorno, in "Minima Moralia

23 de novembro de 2011

Agradecimento!

Como forma de agradecimento, pela cumplicidade, pelo carinho e pela paciência, dedico este carrinho de flores!
Emito virtualmente, vai tocar direto no teu coração, como forma de gratidão, por ter feito parte da minha vida e ter compartilhado das minhas palavras, fruto da experiência de muitos anos de sala de aula, coordenação e gestão escolar. 

Educar e Criar, é um blog que segue naturalmente, penso e escrevo, esperando contribuir com cada pessoa que acessa esta página.¨

Educar é um compromisso especial,que se estende a todos que caminham preocupados com o futuro da humanidade e de alguma forma, se posicionam como pais, mães e avós, independe de terem ou não gerado uma criança fisicamente, o importante é acolhê-la no coração, todos os dias, emanado vibração de amor, elo que nos une ao criador.

    Dois Mil Beijos... a todos que contribuíram para alcançarmos esta meta!
    Flores no teu coração com o sentimento especial dos meus sinceros agradecimentos!
    Continue dando uma passadinha no meu blog e deixe seus comentários, para que possamos atingir  
    suas expectativas, e siga-me!  beijos...beijos...beijos...beijos...beijos...beijos...beijos...beijos...beijos...
    (imagem:carrinho-de-flor.jpg)                                            

  Irene Fonseca


22 de novembro de 2011


Pensando com Rubem Alves.

Educar É um exercício De imortalidade. De alguma forma Continuamos a viver Naqueles cujos olhos Aprenderam a ver o mundo Pela magia da nossa palavra. O professor, assim, não morre jamais...Entendo assim A tarefa primeira do educador: Dar aos alunos a razão para viver”.
RUBEM ALVES
(imagem:rubem_alves CP_3999d7d5125)

17 de novembro de 2011

Uso de bebês como terapia em sala de aula.

                                                                               (fotos-de-bebês-lindos.201.jpg)
A Escócia está realizando um programa que visa dar um novo tratamento a questão do bullying, na escola, e adotam uma terapia em que bebês são colocados nas salas de aula, para que as crianças interajam com eles; com isto esperam diminuir os comportamentos agressivos e a própria hostilidade  presente no âmbito educacional.
Com certeza, bebês sempre são bem-vindos, mas até que ponto eles poderão resolver problemas no âmbito escolar, numa sociedade doente mentalmente cujas raízes já,estão desenvolvidas desde os primeiros anos de vida?
 Educar é muito mais complexo, problemas comportamentais precisam ser pesquisados e analisados desde a raiz,tratamentos paliativos não resolverão o problema instalado, caso ele exista, eles não devem ser maquiados,  mas encarados com auxílio de profissionais especializados no contexto.
O bebê inserido na sala de aula, como um bonequinho, vai contribuir para o desenvolvimento da afetividade entre os participantes, despertará a solidariedade e outros substantivos que abrirão novas possibilidades para a criança fazer a leitura do mundo, mas nos casos mais graves, se houver algum desvio comportamental, outras alternativas deverão ser apresentadas, mesmo porque os pais, geralmente não aceitam a hipótese de que seus filhos precisam de tratamento para saúde mental.
O mesmo ocorre com as famílias que têm animais em casa, eles participam ativamente do cotidiano de seus donos, mas quando vivem em lares de pessoas desequilibradas, muitas vezes recebem tratamento violento, embora seus criadores, assumam sempre a possibilidade de amá-los, o mesmo ocorre com muitas crianças, cujos pais hostilizam sem piedade.
Portanto, a escola que optar por este tratamento, deve considerar que o problema dentro do seu lócus poderá ser amenizado, mas algumas crianças poderão apenas estar ocultando sua personalidade agressiva e doentia.Portanto, não deve descartar esta possibilidade.

                                                                 Irene Fonseca






12 de novembro de 2011

Cadê a tal autonomia?

                                                                                             (imagem: prof.jpg)



O  professor não é consultado em nada, hoje propaga-se a autonomia da escola pública, onde está esta autonomia, num sistema em que tudo vem direcionado pelos órgãos superiores e as  escolas têm que cumprir sem direito de contestar? O professor responde pelo seu espaço em sala de aula, e hoje os cursos de capacitação impõem as metodologias que eles devem utilizar.  Não existe autonomia alguma, eles cumprem os programas das Diretorias de Ensino, respondem pelo fracasso dos  resultados, sem direito a participar da construção do processo em si. Não são valorizados, e na atual sociedade, tornaram-se uma classe marginalizada, por serem sempre taxados como responsáveis pelos baixos rendimentos dos alunos e pela violência social.
A escola é um lócus que deve priorizar conhecimento, autonomia e interação, para que professores e alunos, juntos descubram novas formas de ensinar e aprender, ler e recriar o mundo!
Não existe fórmulas prontas, existe técnicas e metodologias que o educador deve conhecer para aplicá-las dentro dos princípios naturais que o momento impõe e de acordo com os objetivos pré-estabelecidos em sua conduta, para abordagem dos conteúdos.

Irene Fonseca



3 de novembro de 2011

Para educar precisa ter bom senso!


Ser criança é amar incondicionalmente, esquecendo as amarguras de  ontem.
É doar-se infinitamente, sem esperar trocas.
É viver o hoje, buscando o aprendizado do amanhã,
É amar infinitamente, sem precisar de explicação.

Adulto! não eduque seu filho através de chantagens  emocionais,
Não mostre para ele que estamos num círculo do toma lá da cá,
Não o amedronte para conquistar sua lealdade e dedicação.
O eduque com amor, e cumplicidade, jamais com mentiras, enganos e outros truques que o  afastem da realidade e o   incitem ao desespero,desconfiança e desamparo.
 Marcas que perpetuarão por toda existência, e mais tarde você perguntará:
- Por que ele é tão desconfiado, não liga pra nada e não ouve o que falo?
 As respostas estão dentro de você e suas atitudes falam por ele.
                                                                                                          
(imagem:dia-das-crianças-347.jpg)
                                                                                           Irene Fonseca

21 de outubro de 2011

Mensagem da semana.

A  criança se inspira no Amor, na lealdade,na cumplicidade e na
                         dedicação.
Ama incondicionalmente,  abraça a vida, e produz fantasias,
                   sonhos e animismo. 
Cria personagens, e os  interpreta, e tem uma forma especial, de
                fazer a leitura do mundo.
Elas nos ensinam que nas coisas simples, vive a alegria, a emoção
                      e a inocência.
Feliz aquele que pode dividir seus dias, ao lado de uma criança,
                      abrir a janela,
Olhar para o infinito, e despertar a criança adormecida no fundo
                      de sua alma.


Irene Fonseca                                                                              

(imagem:Sophia e Evandro-família Massau
               by Daniela)


15 de outubro de 2011

Homenagem ao dia dos Professores.


Mestre! É hora de findar a aula!
A campainha soou
E você, nem se alterou,
Falou dos seus projetos
E até sorriu.
Muitos já se foram,
Sem perceber
Que  você, nem saiu.

Mestre! Muitos saem...
Mas você, continua
Mergulhado em nosso “ser”,
És Mestre do ensinar
E não do saber...
Mestre! É hora de findar a aula.

(imagem: professor2.jpg)
Irene Fonseca

8 de outubro de 2011

Reflexão.




Educar é abrir o mundo para quem enxerga só pela janela e sempre permiti abrir as cortinas para a luz penetrar.
Irene
(imagem:nascer-do-sol-balneario...jpg)

29 de setembro de 2011

Educação nossa de todos os dias.



                        A  sociedade brasileira, precisa envolver-se mais nas questões educacionais, vivemos momentos difíceis, pautados pela violência, pelo desrespeito e pela falta de amor, onde a família tem perdido seu espaço para o mundo virtual e carentes de atenção e amor, seus filhos parecem penarem na atmosfera terrestre.
                        Há uma grande confusão, em exercer com determinação o papel de pais, e simplesmente ignorar e até passar as mãos na cabeça do filho. Essa função exige amor, comprometimento, abnegação, respeito, empatia e acima de tudo compartilhar, o outro também precisa ser ouvido com atenção e quem ouvi fica em silêncio, atento às informações transmitidas.
                        A família brasileira, não pode acreditar que a Escola é responsável  pela educação de seus filhos, precisam acordar e assumirem seus papéis, e começarem desde o ventre materno a envolverem a criatura gerada.
                        Seu feto é uma vida, que  vai receber suas emoções e do ambiente em que você convive, trará todas as impressões que a gestação se encarregar de passar para ele, e se houver amor durante a gestação, onde os familiares do gerado, o aguardam com carinho, respeito e consideração, qualquer adversidade sofrida pela gestante neste período, será mais fácil de superação pelo bebê que ela carrega no ventre.
                        A educação, começa no momento em que você toma conhecimento da gravidez, e se perpetua pro resto da existência humana, ela é sempre um processo inacabado, digna de reflexão e reforma íntima.
                        Abandonar o filho para a Escola cumprir seu papel, é abdicar-se da responsabilidade de Ser pai, mãe, ou outra denominação familiar, seja lá quem participa diretamente da vida dessa criança.
                        Os governantes falam em escola de tempo integral, e os pais ficam ansiosos esperando, esta tal escola, falam em diminuir o período de férias e os pais ficam certos  de que o dever deles é só procriar e não importa quais as condições são oferecidas por essa escola, se os filhos estiverem guardados atrás dos muros das Instituições.
                        Lamentavelmente, eles preferem acreditar que educar é só dar coisas materiais quando podem, e quando não têm condições financeiras para tal, acham que educar é só arrumar uma boa  escola e abandoná-los nas mãos dos professores, que a família prefere acreditar que são tios e tias.
                        Não adianta os governantes, dizerem que estão equipando as escolas, para torná-las um lócus apropriado para o ensino integral, precisam realmente, investirem em educação, para tornarem o sistema atual digno, colaborando com os profissionais da educação, que são subjugados e tratados como escórias sociais.
                        Na atual conjuntura, muita gente tem investido na formação superior,  num curso de habilitação para área pedagógica, pelos baixos custos que certas Instituições oferecem esses cursos, o que desprestigia a classe do magistério, no entanto, para atuar na área é necessário certas competências e habilidades, que só a formação superior não certifica.
                        Portanto, vivenciar o dia a dia da sala de aula, não é  para qualquer um que carrega o diploma embaixo do braço, precisa acima de tudo, ter uma saúde mental de “ouro”, integridade moral e ética , conhecimento, criatividade, iniciativa, liderança e outros tantos outros adjetivos, mas sem nunca esquecer do Amor ao próximo e àquilo que faz.
                        O fato de amar, não lhe tira o direito de ter um tratamento digno, inclusive de recursos materiais, o amor enobrece a alma e não  é sinônimo de abdicação de bens materiais, que frise bem isto na cabeça dos governantes. E igualmente para governar faz-se necessário ter pelo povo, respeito, empatia e amor.
                        Atuo no sistema educacional desde 1976 e minhas palavras são da vivência de todos estes anos, do sofrimento, da falta de recursos em sala de aula e da falta de reconhecimento profissional, parece recolher migalhas para angariar e subsidiar a existência, apesar de até a presente data, eu nunca ter deixado de estudar.
                        A vida do professor é esta: estudar, estudar e estudar, e nunca esquecer que essa é uma riqueza que ultrapassa a esfera física e transpõe para o universo e vai além da alma.
 (eimagem: educacao3.jpg)
Irene Fonseca
                        

26 de setembro de 2011

A interdisciplinaridade a serviço das TIC.


Levar as TIC  para a sala de aula, envolve   a questão da interdisciplinaridade, ou seja requer um projeto, que envolva outros professores, que juntos possam direcionar as tomadas de decisões, fundamentar os objetivos e criarem uma proposta que envolva todos os conteúdos  e todos os alunos que realizam o processo  ensino- aprendizagem.
Parece utópico, embora as escolas procuram oferecer oportunidade aos docentes se envolverem em projetos, há um desencontro de horários e de comunicação, que dificulta a realização de um trabalho permanente e sistematizado.
Mas as TIC, não exige o encontro dos que nela atuam fisicamente, a rede pode estabelecer essa conexão, embora os docentes ainda tenham  a idéia de que trabalho interdisciplinar, requer trocas diretas.
Percebe-se a necessidade de docentes  e discentes, entenderem melhor a questão do trabalho interdisciplinar e a formação dessas equipes, seu controle e sua organização, para alcançarem os resultados, é uma nova forma de trabalhar e requer disposição, interação e motivação para inovar.
Deveria ser extensivo a todos os professores, mas sabemos que sempre alguns colegas docentes, não têm e não sabem fazer uso destes recursos.
Quem será responsável pela implantação do projeto? E quando  os professores que nele estiverem atuando, de alguma forma se afastarem da escola, pois sabemos que na escola pública, há uma rotatividade muito grande de professores, como ficará o andamento do trabalho?
Para estas perguntas, fica a incerteza do aluno, que perde sua referência na ausência do professor.
E com relação as Instituições escolares que deixam alguns professores da área, incumbidos da manutenção dos laboratórios, e estes adaptam os programas que julgam necessários, não disponibilizando aqueles que julgam obsoletos no processo educacional.
No meu caso, já levei os alunos para pesquisarem temas para realização do trabalho de conclusão de curso, e eles tinham mandado o material pesquisado para o email, e no laboratório, não entrava determinados provedores, ou casos de que pedi para pesquisarem determinado site, e o site não estava dispo nível, sem contar que a rede caia, porque tinha muita gente acessando.
Cabe a equipe educacional, discutirem o que precisa na implantação das TIC, para que os professores que fazem uso deste recurso, não ouvirem a seguinte explicação: é o governo que inibe a entrada em certos sites, e os colegas responsáveis por esses laboratórios têm que compreender que a educação é um processo democrático a serviço da cidadania. 
                                                                       (Irene Fonseca)

 (imagem:O6tic.jpg)

Desmistificar os objetivos das TIC.



Não dá mais para ignorar o avanço tecnológico e virar as costas para o mundo digital. Quantas famílias dizem que suas crianças de três anos, sabem mais de computador do que os adultos. Conheço educadores que precisam esperar os filhos chegarem em casa para abrirem e mandarem emails. Infelizmente, quando falamos nos pais que se ausentam deste mundo e permitem o caminhar solitário dos filhos, esquecemos que muitos profissionais de outras áreas, também relutam para não navegar neste mundo. É preciso conscientizar a sociedade brasileira que esta mídia não foi criada com o objetivo de buscar pares românticos ou outras atividades do gênero, que essa ferramenta permite atravessar o mundo em segundos e trazer descobertas históricas, científicas e outros conteúdos que acrescentam na formação cultural daqueles que sabem fazer uso da TIC.
Na educação ela é um recurso que abre fronteiras par uma nova realidade metodológica, que permite uma participação investigativa, analítica e garante a construção de um conhecimento sólido,  diversificado e atualizado,
possibilitando integração da sociedade como um todo, onde os limites geográficos, mais nada representam,
permitindo aos que navegam, conhecer o mundo,  através de uma telinha mágica.
Esta nova realidade, exige dos docentes, maior conhecimento, e a necessidade de desenvolverem novas competências, para interagir com os alunos, embora ainda alguns pensem que nada disso importa, quando
dominam seus conteúdos.
Mas a sala de aula como um ambiente de aprendizagem e expectativas deve merecer dos que nela atuam, a 
imperiosa necessidade de acompanhar a realidade estampada nas mídias e da qual os  educandos participam,
sem fazerem apologia ao modismo, mas cônscios de que na educação se atualizar é uma questão emergencial.
                                                                      (imagem:avanço-da-tecnologia-2.jpg)

                                                                            Irene fonseca




24 de setembro de 2011

Uma das minhas participações no Encontro Educared!



Os Emails como canal  didático.

         Pensava-se que os emails simplesmente cumpriam as funções de Correio Eletrônico, e que só substituíam as correspondências formais, antes postadas no Correio convencional, mas hoje sabe-se que a humanidade descobriu outras formas de utilizá-lo, inclusive no meio acadêmico.
           Trabalhando em cursos EAD, pude observar a necessidade de uma comunicação mais atuante com os alunos, e logo alguém teve idéia de criar o email da sala, e isto era o canal de comunicação que os próprios alunos começaram  acessar para rapidamente receberem informações dos conteúdos pedagógicos e tirar as dúvidas  sobre os conteúdos que mais tarde vinham a sentir alguma dúvida.
                         Esses alunos, dos cursos de graduação e pós-graduação, perceberam que através do email, poderiam realizar um curso EAD, mais rico didaticamente,  e ao mesmo tempo sentiam-se mais presentes, porque criavam elos, inclusive com o docente, que muitas vezes só viam um vez, durante o período de um ano.
                         Usando a mesma técnica nos cursos de graduação regulares, pude observar que o email, era um excelente auxiliar na orientações de TCC, criou-se o email da sala, o email dos grupos, por assuntos do TCC, e todos ao mesmo tempo ficavam sabendo as atualizações dos conteúdos, as últimas pesquisas do colega, e as minhas observações e correções, paralelamente, os próprios colegas também iam se incumbindo da leitura e da correção.
                         É um trabalho  interativo, onde todos recebem as contribuições  ao mesmo tempo , como os capítulos são divididos  entre eles, ninguém fica sem saber o conteúdo que o outro está desenvolvendo, desta forma todos participam da criação e da elaboração do  material direta e indiretamente.
                         É um trabalho que requer dedicação, dinamismo e exige sua presença atuante no processo, porque assim como cobramos, os alunos também cobram a partir do momento que colocam sua dúvidas, anseios e conteúdos  para análise e posteriores orientações.
                         Percebi que esta forma de trabalho faz a diferença, quando o assunto é atividade coletiva ou em   grupo, por estabelecer um elo maior com a turma e  transformar aquelas poucas aulas, em um período produtivo que ultrapassa os limites da sala de aula, onde as fronteiras respondem por um produto de qualidade.

                                   Irene Fonseca
·         (imagem: email.jpg)


23 de setembro de 2011

Leaderboards - VI Encuentro Internacional EducaRed 2011

A Didática de nosso dia.


Quando digo que os professores precisam aprender mais a trabalhar sem aparatos como lousa e giz, não especificamente estou dizendo que têm que usar as tecnologias, bem sabemos que no Brasil, não dispomos da tecnologia a nosso favor na escola, estou dizendo desse trabalho que as crianças pesquisam e criam através do  material que elas dispõem, que pode ser até sucata. Meus alunos da antiga Febem, adolescentes, adoravam criar maquetes. Toda atividade que exige construção manual, ativa a inteligência e a motricidade .
(imagem: australopithecus.jpg)

                             Irene Fonseca

21 de setembro de 2011

Uma das minhas participações no Encontro Educared!


A Nova Era da Educação.

Hoje é difícil trabalhar em sala de aula, se não for criativo. O avanço tecnológico é um desafio para os professores no século XXI, terceiro milênio, a Era da educação.
Acredito que estamos na  Era da Educação, um momento especial, àqueles que não repensarem suas metodologias estarão superados, mas do que isto, vivemos o momento da Informação, que atinge rapidamente as pessoas que estão sintonizadas no mundo tecnológico e que trazem novidades todos os dias.
Falávamos da Era Industrial e todos ficavam assombrados, quando o mundo das máquinas a vapor invadiram o mundo industrial, os homens temiam perderem seus postos de trabalho, tinham certeza de que seriam substituídos por elas, principalmente quando no século XX, Frederick W. Taylor, consagrado “Pai da Administração Científica, deu sua contribuição para a Administração, criando métodos científicos cartesianos, que refletiriam no mundo inteiro por apresentarem eficácia operacional nas empresas industriais.
A Era digital vem acompanhada da velocidade de informações, num mundo globalizado, e o poder de interação contribui para novas contribuições científicas que acompanham a velocidade das informações do momento atual.
Lembro perfeitamente que na década dos anos 70, o ensino de 2° Grau (atual ensino médio), tinha uma disciplina chamada: Mecanografia e Processamento de Dados, e os professores que atuavam nessa disciplina, não tinham nem máquinas de datilografar,  nem computadores, o que  os levava a pegarem um livro didático da área e dar as informações contidas, sem muito comprometimento.
No ano 2000, nas escolas que ministrava cursos, quando solicitava utilizar o laboratório de informática, diziam:- o laboratório é prioridade dos professores de informática, pode usá-lo, mas se alguém da área entrar, você e seus alunos deverão sair, e mesmo assim havia resistência para liberá-lo.
Recentemente tive a mesma dificuldade, ao utilizar o Laboratório de Informática, nas minhas aulas de Planejamento e Desenvolvimento de TCC. Mas o pior, foi ministrar curso numa Instituição de Ensino Superior, que mantinha todas as carteiras pregadas  no chão, eu esclareci que queria trabalhar em circulo, e ouvi a o seguinte esclarecimento: temos só uma professora que pede a única sala em que as carteiras são soltas, quando ela não estiver na casa, você poderá usar a sala.
Estes relatos são para demonstrar que as mudanças na área educacional, precisam ser trabalhadas meticulosamente, coletivamente e conscientemente.
O Encontro Educared, é simpósio de conscientização para todos os segmentos da Educação, abre discussões apropriadas e inovadoras, colocando novas práticas metodológicas, demonstrando a importância da reflexão no mundo digital, um mundo que a partir da década de 80, muitas transformações vem trazendo no cotidiano da humanidade.
Ele é Pioneiro, e traz questionamentos importantes, que muito contribuirão para a transição metodológica, um novo pensar sobre o processo ensino-aprendizagem, uma nova luz, para aqueles que tanto pensam após saírem de uma sala de aula, que contribuição posso trazer para melhorar o interesse e o desempenho dos meus alunos?
Mesmo que o Estado e a Sociedade não estejam atentos para esse  novo instrumento, após o Educared, os professores e os gestores da educação, poderão e saberão como justificarem  suas propostas de mudanças, e os governantes deverão pensarem nesta nova possibilidade, quando elaborarem os orçamentos públicos, este é um desafio para a nova Era da Educação.

                                                               Irene Fonseca
 (imagens:inovadorespm.com.br)







20 de setembro de 2011

Uma das minhas participações no Encontro Educared!


Pensando as TIC nas Escolas  Brasileiras.

Pensando a questão das TIC e sua aplicabilidade nas Instituições de ensino no Brasil, lamentavelmente nota-se que a situação das Escolas Públicas  é agravante, vejo um legado de recursos discutidos por pessoas comprometidas com a educação e competentes para começar agora a inovar, no entanto, quando colocamos nossos pés no chão, não dá para fingir, que o mundo virtual está tão distante das salas de aula.
A escola estadual a que pertenço, tem apenas um computador velhinho na sala dos professores, que é quase impossível utilizá-lo, nunca liga, e quando funciona todos  professores querem fazer uso, para selecionar material de apoio para suas aulas.
Vivemos nesse Encontro, uma utopia, cheios de esperança e como idealistas, acreditamos que o Estado vai investir mais em educação, e colocar a nosso serviço, equipamentos que condizem com a realidade em que vivemos, e não criar um compromisso com a sociedade, prometendo escolas de tempo integral, sem procurar compreender que o mundo mudou e como já afirmei em outras falas, não fortalecer a ideologia de que a escola é só um depósito com babás de luxo (especializadas(os), para guardar crianças que não têm onde ficar quando os pais se ausentam para o trabalho ou outras atividades.
O Estado, a Família e a Sociedade, precisam mudar os paradigmas, para perceberem que a Escola é uma Instituição organizada, com objetivos definidos, e que os profissionais que nela atuam, são especialistas, com nível superior, merecedores de respeito e tratamento digno, e que a clientela, está familiarizada com as TIC, portanto ficar um dia todo sentados nas cadeiras duras, olhando para a lousa, e o professor com um giz nas mãos e usando a fala, não dá mais para encarar.
É preciso muita consciência e tratar a E D U C A Ç Ã O, como ela merece e não apresentá-la correta politicamente,  deixar nos papéis a impressão de que  tudo está sendo feito da melhor forma possível para a sociedade, e deixar o fracasso pesar sobre as cabeças dos profissionais da educação.
Irene Fonseca