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4 de agosto de 2023

Gestão Tarcísio determina que diretores assistam às aulas dos professores e façam relatórios.

Gestão Tarcísio determina que diretores assistam às aulas dos professores e façam relatórios.

·       A regra foi imposta por meio de uma portaria publicada no Diário Oficial na sexta (28/07/2023)

·       Sindicato dos professores divulgou comunicado em que afirma que a medida é 'inaceitável'.

 

Lamentável, em pleno século XXI, tem-se que ouvir e acreditar que governantes tenham essa mentalidade sobre Educação e lócus escolar.

Talvez, por desconhecerem a dinâmica de um cenário de ensino, e a própria legislação, preferem subestimar o papel dos educadores e gestores, que estão vinculados a Instituição, por reconhecerem as responsabilidades que exercem no sistema educacional que ultrapassam a esfera horizontal.

Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

 Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;

III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;

IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; (artigos 205 e 206 da Constituição Federal de 1988)

Quando  pensamos em educação, faz-se necessário ter um olhar analítico sobre a legislação. Ninguém pode trabalhar pelo “pleno desenvolvimento da pessoa”,  sem a liberdade de  ensinar, de aprender, e sem aplicar com autonomia, as concepções pedagógicas  que desenvolveu através de pesquisas e respeito ao pluralismo de ideias.

O professor, não cai de paraquedas dentro da sala de aula, nem é eleito professor por voto do povo,  não pode ser colocado como escoria de um sistema, que procura atribuir a ele, o fracasso da aprendizagem, sem procurar equipar e atualizar as ferramentas utilizadas, onde o giz, continua sendo o protagonista na sala de aula. Como não bastasse, ainda criam pareceres, ou outros meios, para não abrirem mão de verbas, para equipar as escolas de livros e materiais didáticos diversificados e tecnológicos.

Os gestores, respondem pela organização administrativa e pedagógica da escola, orientam os funcionários de forma geral, garantem assistência aos professores, alunos, pais ou responsáveis, a comunidade e ainda atendem todas as convocações da secretaria da educação, ou outros órgãos a que estão subordinados.

Sem contar os “incêndios” que apagam todos os dias, lidam com pessoas e não com robôs, as demandas acontecem e geralmente, nas escolas da rede, podemos dizer;

“que são pau pra toda obra”. Mesmo fora da sala de aula, eles sabem como é o trabalho do profissional que desempenha a função de professor, que segue um planejamento pedagógico, registra diariamente as questões trabalhadas e semanalmente participam de reuniões pedagógicas, cujo objetivo é avaliar com os pares, o processo educacional individual e coletivo.

            Os senhores governantes, precisam ter um “olhar profissional” sobre as pessoas que dedicam sua vida ao magistério, diferente do que fazem, devem trabalhar pela dignidade desses profissionais que levam todos os dias sua jornada para casa. Lá continuam preparando aulas, projetos, realizando pesquisas e corrigindo atividades dos alunos e pensando como proporcionar aprendizagem ao alunado, respeitando as condições de cada um, levando um ensino personalizado fruto de horas de estudo.

Irene Fonseca

Especialista em Educação

 

 

 

 

 

 

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