Educar e Criar

Seja Bem vindo, sua participação é muito importante !

Seguidores

27 de junho de 2025

A Veracidade das Psicografias: Fé, Consciência e Compromisso Ético

 Psicografar, para mim, é um ato de profundo comprometimento espiritual, fé, amor; e, acima de tudo, a certeza de que nascer e morrer são polos de um mesmo caminho, inseparáveis. Por isso, respeito e honro o Plano Maior.

 

A Veracidade das Psicografias: Fé, Consciência e Compromisso Ético

A psicografia, também chamada de "escrita mediúnica", é um dos fenômenos espirituais mais conhecidos e praticados desde o século XIX, especialmente no contexto do Espiritismo codificado por Allan Kardec. Trata-se de um processo no qual o médium serve como instrumento para que inteligências espirituais — desencarnadas — transmitam mensagens, ideias ou relatos, utilizando-se da escrita. A veracidade das psicografias é tema de interesse não apenas espiritual, mas também científico, filosófico e jurídico.

FUNDAMENTO ESPIRITUAL: A COMUNICAÇÃO ENTRE PLANOS

Sob a ótica espiritual, a psicografia é legítima quando ocorre em ambiente de respeito, elevação moral e sintonia mediúnica adequada. Através dela, espíritos desencarnados comunicam-se com os vivos, trazendo consolo, orientação ou revelações. O critério fundamental para aferir a veracidade de uma psicografia, segundo os ensinamentos de Kardec (em O Livro dos Médiuns), é a coerência moral, a elevação do conteúdo e a ausência de contradições com os princípios da lógica e da razão.

A frase-chave deixada por Kardec nesse campo é: “Toda comunicação deve ser submetida ao crivo da razão e do bom senso.”

A EXPERIÊNCIA DO MÉDIUM E O GRAU DE INTERFERÊNCIA PESSOAL

A autenticidade da mensagem espiritual depende do grau de interferência psíquica do médium. Existem três tipos básicos de psicografia:

- Mecânica: o médium não interfere no conteúdo, apenas serve como canal físico. Considerada a mais "pura".
- Semimecânica: há uma leve influência da mente do médium.
- Intuitiva: o espírito inspira ideias, mas o médium participa da construção do texto.

A interferência do inconsciente do médium não invalida a mensagem, mas exige discernimento na interpretação e na forma de difusão. Por isso, a formação espiritual, emocional e ética do médium é fundamental.

PROVAS E EVIDÊNCIAS: O QUE A HISTÓRIA E A CIÊNCIA OBSERVAM

Existem casos amplamente documentados de psicografias que trouxeram dados ignorados pelo médium e confirmados posteriormente por familiares ou registros oficiais. Dentre os mais notáveis está o trabalho do médium brasileiro Chico Xavier, cujas cartas psicografadas foram aceitas até em tribunais como prova legítima em processos criminais e civis.

A ciência, especialmente nas áreas da Parapsicologia e Psicologia Transpessoal, tem investigado o fenômeno sem reduzi-lo a fraudes ou distúrbios mentais. Pesquisadores como Ian Stevenson (da Universidade de Virginia) e outros estudiosos da reencarnação e mediunidade reforçam que há um corpo crescente de evidências que apontam para a existência de consciências além da morte física.

CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DA VERACIDADE

Para que uma psicografia seja considerada verdadeira ou espiritualmente autêntica, é importante observar:

- Coerência com o perfil espiritual do comunicante (linguagem, temas, valores).
- Ausência de intenção de manipulação emocional ou ganho pessoal.
- Relevância moral ou terapêutica do conteúdo.
- Convergência com outras mensagens ou evidências já confirmadas.
- Capacidade da mensagem gerar paz, esclarecimento e cura, mesmo sem confirmação racional imediata.

A RESPONSABILIDADE NA DIVULGAÇÃO

Por tratar-se de mensagens que tocam profundamente a dor, a esperança e o mistério da vida, a divulgação de psicografias exige postura ética, respeito às famílias envolvidas e um ambiente de oração, não de espetáculo. A prudência é sinal de maturidade espiritual.

Como dizia Emmanuel, mentor de Chico Xavier: “Nem tudo o que vem do plano espiritual deve ser publicado. É preciso discernir o que edifica do que apenas emociona.”

COMPROMISSO COM A VERDADE ESPIRITUAL: O LUGAR DA ÉTICA NA PSICOGRAFIA

Receber uma psicografia é um ato sagrado. No meu caminho espiritual, toda mensagem que recebo da esfera extrafísica é acolhida com profundo respeito e discernimento. Não publico, não envio e nem mesmo interpreto de forma leviana aquilo que me é confiado pelos planos superiores.

Quando possível, busco contato com os familiares do espírito comunicante. Procuro validar, com humildade, se as palavras canalizadas condizem com a personalidade, os valores e a linguagem daquela alma desencarnada. Isso não significa duvidar da espiritualidade — significa honrar a verdade, a memória dos que partiram e o direito dos que ficaram.

Como pessoa comprometida com os fundamentos éticos da vida espiritual, jamais me permitiria inventar ou deturpar uma psicografia. Tenho consciência da delicadeza que envolve o luto, a saudade e a esperança das famílias. Por isso, recuso qualquer prática que banalize a mediunidade ou transforme a dor alheia em palco.

Trato meus mentores espirituais com dignidade, reverência e verdade. São companheiros de missão, não personagens de conveniência. Toda palavra que recebo é, antes de tudo, ouvida dentro do coração, e só depois escrita no papel. A psicografia, para mim, não é espetáculo. É serviço de alma, é canal de cura, é testemunho de que a vida continua.

CONCLUSÃO: UM FENÔMENO REAL, MAS QUE EXIGE CONSCIÊNCIA

A psicografia é real para aqueles que a vivenciam com autenticidade espiritual. Sua veracidade não depende apenas da crença, mas da transformação que gera. Onde há amor, humildade e verdade, há também vestígios do divino.

Não se trata de convencer céticos, mas de servir aos corações que buscam consolo, orientação ou confirmação da eternidade da vida. A psicografia, quando verdadeira, não é uma prova, mas um sopro do espírito sobre o papel da alma.

 

Irene Fonseca

27/06/2025

 

 

23 de junho de 2024

Meu Simba, Simbinha, Bebezudinho, Meu Gato Pedagogo.

 


Dia 23dejunho/24 serão dois meses sem o Meu Gato Pedagogo! Refleti muito sobre a sua partida e agradeci a Deus por vc ter ido, sem demonstrar sofrimento... estava triste por nos deixar, mas sereno. Sempre conversava muito contigo e falava que esse momento deve ser digno de fé, acho que vc entendeu!
Muitos que lerem essas memórias, pensarão: que papo louco! 
Assim como te ouvia todos os dias, nossos papos eram só a revelação dos nossos sentimentos, de alguma forma nossos corações sabiam o que comunicávamos. Gostaria de explicitar o quanto aprendi com esse pequeno ser. Atrás dessas criaturas, alojam-se anjos sem asas.
Mudam nossa vida emocional, nossa compreensão da vida e ainda nos protegem, assim como também devemos protegê-los.
Agora, Manu e Tobias, têm estado mais ao meu lado, como entendessem que a partida de nosso amigo deixou um vazio, mas que está sendo amparado espiritualmente. 
Muitas vezes, o Tobias corre e me abraça com tristeza nos olhinhos... Logo lembro o quanto eram parceiros.
Deus sempre no comando e seguimos, certos dessa máxima!
Eles não são apenas "gatos", são seres especiais!
 
(Ele viveu apenas 10 anos)
 
 
 
 
 
 Imagem da autora
 
 

13 de setembro de 2023

Cantinho do pensar ou da disciplina?

             Começo meu artigo pensando num mundo melhor, onde o diálogo prevaleça, que as famílias tão ausentes na sociedade atual, não procurem a forma mais fácil de corrigir seus filhos, apoiadas no pensamento de vários especialistas que colocam esta prática como solução para problemas disciplinares.
             Meus vários anos de estudo  e reflexão, me dá hoje o direito de pensar num cantinho, sobre o que é mais saudável para o desenvolvimento bio-psio-social, o que não conseguiria fazer, sem os pré-requisitos que fui acumulando ao longo da minha existência e após várias pesquisas e estudos na área da Pedagogia , Psicologia e Psicopedagogia.
            Nos dias atuais, é comum ouvir-se de professores, que mandam a criança pré-escolar para um cantinho pensar, quando estas fazem alguma coisa que desagrada. Este pensar, é reconhecido pelo aluno, como castigo, embora muitas vezes ele nem saiba falar direito, e nem das fraldas tenha saído.
            Como professora de Filosofia, tenho uma outra  abordagem sobre o ato de pensar, e não o associo a punição, uma  vez que a reflexão contribui para o aprendizado e também desenvolve o  espírito crítico, contribuindo para o desenvolvimento da inteligência e para o aprimoramento do conhecimento.
            Portanto, quando faço a criança pensar que será castigada, e que tem que pensar, estou demonstrando à ela, que pensar não é um ato que  possibilita buscar soluções para resolver problemas,  e sim  um castigo, porque toda vez que  não agrada, a colocam para pensar.
            Esta  forma  de punição é transferida da escola para casa, e vice-versa, as pessoas não sabem como resolver a indisciplina, que muitas vezes está relacionada com a falta de cumplicidade, de diálogo e de afeto dos envolvidos.
             A criança reconhece quando reprovamos seu ato, mas dependendo da idade, não tem maturidade para entender porque estou acuada para pensar, e fica desolada e desconfiada, o que afetará  seu estado emocional, e poderá trazer outras  consequências para o desenvolvimento social.
 Portanto, evitar  constrangimento é uma forma saudável  de educar, previsto no próprio Estatuto da Criança e do Adolescente  ( ECA -Lei 8069\90).
Art. 17. O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, idéias e crenças, dos espaços e objetos pessoais.
Art. 18. É dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor.
Art. 71. A criança e o adolescente têm direito à informação, cultura, lazer, esportes, diversões, espetáculos e produtos e serviços que respeitem sua condição de pessoa em desenvolvimento.

 A Lei 9394\96  de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), trata sobre as finalidades da Educação conforme segue:
Título II - Dos Princípios e Fins da Educação Nacional.
Art. 2. A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Art. 3. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância;

            Durante mais de trinta anos de magistério, dentro e fora da sala da aula, exercendo função de  professora e Gestora, pude observar quanto o diálogo é importante, sempre apoiado na tolerância.
            Para dialogar você precisa parar o que está fazendo, olhar para criança e vê-la, permitir que ela sinta que sua atenção está  nela e que existe afetividade, cumplicidade, respeito e  carinho.
          Quando um educador manda uma criança pensar, provavelmente ele não quer dispor de tempo para a mesma, ou não sabe que orientação dar naquele momento.
         Quem educa precisa ser inteligente, criativo e receptivo e nunca menosprezar ou subestimar a inteligência de uma criança, reconhecer que ela quer ouvir, argumentar e entender.
         Educar é  um processo a longo prazo, portanto, não espere que sua criança entenda quando você  explica uma vez, duas, três... Tenha paciência, e pense que quando você estiver na velhice, ele terá com você a mesma paciência que você a ensinou a ter na infância.
         Após a troca de diálogo, pais e filhos,  não terão problemas de comunicação,  aprenderão  a se respeitar e a trocar sonhos,frustrações e as experiências concedidas pela vida, onde cada um sabe qual é o seu papel e o seu limite.
         E aos educadores que utilizam o cantinho em sala de aula, deixo a mesma orientação, paciência, amor, afetividade e acima de tudo, compromisso com o ser que está em formação na idade pré-escolar, para que ao chegar no ensino fundamental, ele tenha uma postura mais adequada.
         Educar é um compromisso que começa no útero materno e se estende por toda a existência humana, portanto quem educa deverá aprender que é a persistência e o amor que  elevam as criaturas e possibilita a fala entre as almas.
         Após as críticas realizadas aos educadores que utilizam a prática "do cantinho de pensar", houve uma alteração  do nome
para o "cantinho da disciplina", o que não altera a modalidade do castigo.
         Os pais não devem consentir a propagação desse tratamento no lócus escolar, e estendê-lo para o ceio familiar, julgando  ser uma prática libertadora e a solução da indisciplina da criança.
        Converse com seu filho, quando ele já fala, ouça  e caso não fale, procure conhecê-lo através de suas birras  e outras manifestações, para que possa etendê-lo e juntos pocurar a melhor solução.
       Ser pemissivo também é uma forma de afastá-los,  eles sempre reconhecem quando estão sendo rejeitados ou repudiados, e muitas vezes um sim, é simplesmente para dar um basta ao problema, mesmo que a solução não tenha sido clara.

                                   Irene Fonseca
                        Especialista em educação

4 de agosto de 2023

Gestão Tarcísio determina que diretores assistam às aulas dos professores e façam relatórios.

Gestão Tarcísio determina que diretores assistam às aulas dos professores e façam relatórios.

·       A regra foi imposta por meio de uma portaria publicada no Diário Oficial na sexta (28/07/2023)

·       Sindicato dos professores divulgou comunicado em que afirma que a medida é 'inaceitável'.

 

Lamentável, em pleno século XXI, tem-se que ouvir e acreditar que governantes tenham essa mentalidade sobre Educação e lócus escolar.

Talvez, por desconhecerem a dinâmica de um cenário de ensino, e a própria legislação, preferem subestimar o papel dos educadores e gestores, que estão vinculados a Instituição, por reconhecerem as responsabilidades que exercem no sistema educacional que ultrapassam a esfera horizontal.

Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

 Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;

III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;

IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; (artigos 205 e 206 da Constituição Federal de 1988)

Quando  pensamos em educação, faz-se necessário ter um olhar analítico sobre a legislação. Ninguém pode trabalhar pelo “pleno desenvolvimento da pessoa”,  sem a liberdade de  ensinar, de aprender, e sem aplicar com autonomia, as concepções pedagógicas  que desenvolveu através de pesquisas e respeito ao pluralismo de ideias.

O professor, não cai de paraquedas dentro da sala de aula, nem é eleito professor por voto do povo,  não pode ser colocado como escoria de um sistema, que procura atribuir a ele, o fracasso da aprendizagem, sem procurar equipar e atualizar as ferramentas utilizadas, onde o giz, continua sendo o protagonista na sala de aula. Como não bastasse, ainda criam pareceres, ou outros meios, para não abrirem mão de verbas, para equipar as escolas de livros e materiais didáticos diversificados e tecnológicos.

Os gestores, respondem pela organização administrativa e pedagógica da escola, orientam os funcionários de forma geral, garantem assistência aos professores, alunos, pais ou responsáveis, a comunidade e ainda atendem todas as convocações da secretaria da educação, ou outros órgãos a que estão subordinados.

Sem contar os “incêndios” que apagam todos os dias, lidam com pessoas e não com robôs, as demandas acontecem e geralmente, nas escolas da rede, podemos dizer;

“que são pau pra toda obra”. Mesmo fora da sala de aula, eles sabem como é o trabalho do profissional que desempenha a função de professor, que segue um planejamento pedagógico, registra diariamente as questões trabalhadas e semanalmente participam de reuniões pedagógicas, cujo objetivo é avaliar com os pares, o processo educacional individual e coletivo.

            Os senhores governantes, precisam ter um “olhar profissional” sobre as pessoas que dedicam sua vida ao magistério, diferente do que fazem, devem trabalhar pela dignidade desses profissionais que levam todos os dias sua jornada para casa. Lá continuam preparando aulas, projetos, realizando pesquisas e corrigindo atividades dos alunos e pensando como proporcionar aprendizagem ao alunado, respeitando as condições de cada um, levando um ensino personalizado fruto de horas de estudo.

Irene Fonseca

Especialista em Educação